Entrou.
Eu não lhe dei a direcção,
por caminhos proibidos, chegou aqui
com o seu ar cansado.
Fiquei com as mãos atadas ao que dei,
na ilusão que era destino com o peso de quem
depende de alguém.
Quis escolher. Agora chega. Vou fugir.
Quis falar, mas tiraram a cor do desenho que te ia mostrar.
Quis sofrer….
E não há nada que me faça chorar.
nada mais forte, mais fundo em mim.
E não há nada que me faça chorar,
nada mais forte mais fundo em mim
que a fantasia de qualquer dia me guardares aí.
Entrou.
Voltou atrás, desapareceu
sem amor, sem sentir nada.
Fingiu não ver que me queimou.
Rasguei toda a esperança que me dei,
tudo o que vi e não pousou,
e a indiferença que deixaste ficar.
E não há nada que me faça chorar…
nada mais forte…
E não há nada que me faça chorar,
nada mais forte mais fundo em mim
que a fantasia de qualquer dia me guardares aí.
Simplus - Maria Durão e Luís Roquette
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