Ao Filipe Duarte ou "Pipo", pelo excelente profissional em que se tornou, um enorme beijo. Porque me lembro sempre das suas "peças" nas cadeiras de Marketing, do que riamos e da pessoa fantástica que é. Um sonho, o conservatório, a dedicação e os prémios que hoje ganha. Ainda bem que desististe do curso :). Beijos
"A Outra Margem, de Luís Filipe Rocha, começa num clube nocturno de Lisboa onde um travesti faz o seu número musical, enquanto que, em montagem paralela, as chamas de um forno crematório consomem um caixão. Pouco depois, o realizador ata estas estranhas duas pontas. Quem está a ser cremado é o namorado suicida do travesti. Daqui até ao final, A Outra Margem não vai deixar de surpreender o espectador, o que é coisa rara, muito rara, num filme português.
Dotado de um argumento estanque ao esquematismo lacrimal e às piedades telenoveleiras, que não trata as personagens como bonecos de “causas” ou “opções” e evita a satisfação fácil das expectativas de quem assiste, de uma realização toda ela parcimónia visual e narrativa, e de interpretações de uma justeza e de uma poupança dramática raras, A Outra Margem reafirma Luís Filipe Rocha como o realizador mais “clássico”, mais atento ao próximo e mais solitário do cinema nacional. Falta só dizer que Filipe Duarte ganhou o Prémio de Melhor Actor do Festival de Montreal."
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