sábado, 10 de novembro de 2007

A Outra Margem - Filipe Duarte


Ao Filipe Duarte ou "Pipo", pelo excelente profissional em que se tornou, um enorme beijo. Porque me lembro sempre das suas "peças" nas cadeiras de Marketing, do que riamos e da pessoa fantástica que é. Um sonho, o conservatório, a dedicação e os prémios que hoje ganha. Ainda bem que desististe do curso :). Beijos

"A Outra Margem, de Luís Filipe Rocha, começa num clube nocturno de Lisboa onde um travesti faz o seu número musical, enquanto que, em montagem paralela, as chamas de um forno crematório consomem um caixão. Pouco depois, o realizador ata estas estranhas duas pontas. Quem está a ser cremado é o namorado suicida do travesti. Daqui até ao final, A Outra Margem não vai deixar de surpreender o espectador, o que é coisa rara, muito rara, num filme português.

Dotado de um argumento estanque ao esquematismo lacrimal e às piedades telenoveleiras, que não trata as personagens como bonecos de “causas” ou “opções” e evita a satisfação fácil das expectativas de quem assiste, de uma realização toda ela parcimónia visual e narrativa, e de interpretações de uma justeza e de uma poupança dramática raras, A Outra Margem reafirma Luís Filipe Rocha como o realizador mais “clássico”, mais atento ao próximo e mais solitário do cinema nacional. Falta só dizer que Filipe Duarte ganhou o Prémio de Melhor Actor do Festival de Montreal."

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