quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Profissão? Gestora de Marcas!

Sugestão para prenda de Natal

1. Fim-de-semana no hotel the vine

O meu Natal

Família. Saúde. Paz. Amor. Uma árvore de Natal grande e cheia de prendas na base. Comboio numa cidade cheia de neve em torno da mesma. Velas e lareira que aquece a casa. Música de natal. Frio. Abraços. As prendas pensadas a preceito. As cores. O cheiro do pinho e do azevinho. O cacau da meia-noite. As mantas aos quadrados. Os risos dos miúdos e os abraços fortes dos irmãos. As mesas cheias de doces, feitos por nós. As saudades de quem já partiu. O desejo de um bebe. Os olhares enternecidos e meigos dos avós. Tu e eu. A fé e a esperança. Um beijo, sempre meu. Nosso.

Não consigo respirar!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Gaivota

Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração

Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse

Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

Partir para chegar


A incrível vontade de partir para qualquer lado.

E o contrasenso de não querer ir, desejar ficar e voltar.

Difícil ? Talvez, mas de uma incompreensível angústia.

Amanhã vou de viagem...

domingo, 29 de novembro de 2009

Ontem "Amália Hoje"

Num ambiente intimista e caloroso, entre amigos de longa data, a música e voz brilhante
de Fernando Ribeiro, Sónia Tavares, Paulo Praça e Nuno Gonçalves.

Numa sala com pouco mais de 20 pessoas, vou guardar o meu abraço cheio de saudades e orgulho entre estes mais de 10 anos de ausência.

Muitos Parabéns a todos!


Em directo...de SAGRES

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Próxima paragem...Turquia



Malas feitas em direcção a Istambul.
Aventura de 5 dias entre Lisboa - Londres - Istambul.
Just me and my old bag.

Quando amamos alguém


"Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar ao nosso lado."

in "O Dia em que te Esqueci" de Margarida Rebelo Pinto

Foi assim "ontem" na FNAC.
Foi assim no excerto colado na página da revista.
Assim é na vida, na minha, na tua, nas nossas vidas.

sábado, 10 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Viva o Rio !!!


Viva o Rio...





Gostei muito que tivesse ganho.
Melhor só indo lá mesmo. :)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vou partir...



MOCKBA ai vou eu !
Agora lamento ter esquecido a língua russa.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um pedido...as estrelas cadentes.


Acabei de ver uma...

Um pedido. Que se realize.


Acordar de Galo



São 5.00 AM.

Tou sem sono e aqui do alto, um acordar de campo.

Ao longe o despertar dos galos. O campo e a praia aqui tão perto...

Música à flôr da pele

Não existem muitas palavas, senão apenas as de admiração e emoção por quem tão bem toca.
No calor das noites de verão, aqui escrevo a ouvi-los do alto do meu terraço.
A brisa quente, e a música que emociona e deixa o coração apertado de sentimentos.
Trio Saint-Petersbourg...

(um exemplo em Santiago de Compostela)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vai correr tudo bem


Vou torcer os dedos e pedir para que hoje tudo corra bem.
Um beijo.

sábado, 15 de agosto de 2009

Saudade da Saudade

Reescrever a Saudade de "Pudesse eu escolher"



E teria:


- Uma casa na praia para dias de por-do-sol no deck da varanda;
- Uma família muito grande para festas de Natal em que tivéssemos todos reunidos a abrir 1001 prendas ao toque da meia noite;
- Viagens grandes a Tóquio, Nova Iorque, ao Deserto e as pequenas Viagens de fim-de-semana para jantarmos em Barcelona, Roma, Paris..
- Pais, avós e bisavós em tons de amores amadurecidos pelos tons brancos dos cabelos;
- Uma Madalena, Maria, Martim, Miguel...
- Um amor eterno;
- Uma árvore com marcas de família na casca;
- Um caminho de árvores num estrada até à porta de casa;
- Um baloiço na árvore;
- Dias de pesca;
- Dias de trabalho cansativos compensados pela chave na porta de casa;
- Abraços cheio de saudade de 5 minutos ou de meses;
- Jantares surpresa;
- Bilhetes de bom dia ou de até já;
- Banhos de chuveiro no deck a entardecer ao som de música;
- Abraços pequeninos ao chegar a casa...
- Abraço forte de boa noite.
- Beijo...de vida, de Amor de Vida!
...pudesse eu escolher.

E escolhia-te a Ti!

Aceitas?

sábado, 8 de agosto de 2009

Bud...together

Muito Bom!

domingo, 2 de agosto de 2009

Comprei!


Ana Ventura

Podia ser assim...



Lisboa - Barcelona

Viagem para Barcelona com a Vueling
Ficar num Gat Room:

hostal gat xino ou hostal gat raval

As ramblas, a praia, a noite, os museus...
as tapas e os restaurantes pelas noites a dentro.


domingo, 19 de julho de 2009

No Teu Deserto de Miguel Sousa Tavares



Para ler ...


Excerto
“Esta história que vos vou contar passou-se há vinte anos. Passou-se comigo há vinte anos e muitas vezes pensei nela, sem nunca a contar a ninguém, guardando-a para mim, para nós que a vivemos. Talvez tivesse medo de estragar a lembrança desses longínquos dias, medo de mover, para melhor expor as coisas, essa fina camada de pó onde repousa, apenas adormecida, a memória dos dias felizes.”

«Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.»

«Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.»

«Parecia-me que já tínhamos vivido um bocado de vida imenso e tão forte que era só nosso e nós mesmos não falávamos disso, mas sentíamo-lo em silêncio: era como se o segredo que guardávamos fosse a própria partilha dessa sensação. E que qualquer frase, qualquer palavra, se arriscaria a quebrar esse sortilégio.»

«Eu sei que ela se lembra, sei que foi feliz então, como eu fui. Mas deve achar que eu me esqueci, que me fechei no meu silêncio, que me zanguei com o seu último desaparecimento, que vivo amuado com ela, desde então. Não é verdade, Cláudia. Vê como eu me lembro, vê se não foram assim, passo por passo, aqueles quatro dias que demorámos até chegar juntos ao deserto.»

Someday - Rob Thomas



You can go

You can start all over again
You can try to find a way to make another day go by
You can hide
Hold all your feelings inside
You can try to carry on when all you wanna do is cry

And maybe someday we’ll figure all this out
Try to put an end to all our doubt
Try to find a way to make things better now that
Maybe someday we’ll live our lives out loud
We’ll be better off somehow, someday

Now we wait
And try to find another mistake
If you throw it all away then maybe you can change your mind
You can run
And when everything is over and done
You can shine a little light on everything around you
Man it’s good to be someone

And maybe someday we’ll figure all this out
Try to put an end to all our doubt
Try to find a way to make things better now that
Maybe someday we’ll live our lives out loud
We’ll be better off somehow, someday

I don’t wanna wait
I just wanna know
I just wanna hear you tell me so
Give it to me straight
Tell it to me slow

‘Cuz maybe someday we’ll figure all this out
We’ll put an end to all our doubt
Try to find a way to just to feel better now
Maybe someday we’ll live our lives out loud
We’ll be better off somehow, someday

‘Cuz sometimes we don’t really notice
Just how good it can get
So maybe we should start all over
Start all over, again

‘Cuz sometimes we don’t really notice
Just how good it can get
So maybe we should start all over
Start all over, again

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quem te faz ganhar asas?



Pergunta do dia:
"Quem te faz ganhar asas?"

domingo, 12 de julho de 2009

Julho a Setembro

E vão 2 ...


Vitória



Um Amor como os grandes Amores deveriam ser.

Original: The Young Victoria
Género: Drama
Realização: Jean-Marc Vallée
Intérpretes: Miranda Richardson,Paul Bettany,Emily Blunt,Rupert Friend
Site Oficial: www.theyoungvictoria.co.uk

Pink - Please Don't Leave Me

My Skin - Natalie Merchant



Take a look at my body
Look at my hands
There's so much here
That I don't understand

Your face saving promises
Whispered like prayers
I don't need them
I don't need them

I've been treated so wrong
I've been treated so long
As if I'm becoming untouchable

Contempt loves the silence
It thrives in the dark
With fine winding tendrils
That strangle the heart

They say that promises
Sweeten the blow
But I don't need them
No, I don't need them

I've been treated so wrong
I've been treated so long
As if I'm becoming untouchable

I'm a slow dying flower
Frost killing hour
The sweet turning sour
And untouchable

O, I need
The darkness
The sweetness
The sadness
The weakness
I need this

I need
A lullaby
A kiss goodnight
Angel sweet
Love of my life
O, I need this

Do you remember the way
That you touched me before
All the trembling sweetness
I loved and adored?

Your face saving promises
Whispered like prayers
I don't need them
No, I don't need them

O, I need
The darkness
The sweetness
The sadness
The weakness
I need this

I need
A lullaby
A kiss goodnight
The angel sweet
Love of my life
I need this

Is it dark enough?
Can you see me?
Do you want me?
Can you reach me?
Or I'm leaving

You better shut your mouth
Hold your breath
Kiss me now you'll catch my death
O, I mean it


sábado, 11 de julho de 2009

Home...



HOME, um filme da autoria do realizador francês Yann Arthus-Bertrand, constituído por paisagens aéreas do mundo inteiro e pretende sensibilizar a opinião pública mundial sobre a necessidade de alterar o comportamento humano face ao Ambiente.
Home - O Mundo é a nossa casa.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Maldade


Maldade jogar com um coração.
Brincar e mentir, dizer que sim querendo dizer não.
Chamar e afastar, dizer amo, quando só se quer dizer apenas "olá companhia".
Crueldade matar o sonho e o desejo, a intensidade de voar e amar, como sempre se deve amar.
Saudade. Abraço. Beijo...desejo.
Matar lentamente...sem nunca querer mudar.
Veneno que queima e não se vê.
Ignorar é matar.
Pior é ficar.

domingo, 5 de julho de 2009

Radar do Amor...



O que pode trazer um novo ou velho Amor?
A surpresa da descoberta, do que pode vir, do que se imagina e sonha, do que se deseja,
tudo apostado numa só pessoa.
Como me disse uma vez uma amiga minha...como um jogo.
O Amor como um jogo! Curioso não é?
Mas talvez assim seja, um jogo de sorte ou azar, em que podemos acertar no número certo e ganhar a sorte grande para a vida inteira. Ou não...
Ser um fracasso, um falhar de sonhos e desejos, de mutilações de corpo e alma. Uma escolha de destruição, que suga o que melhor se tem, que seca e que deixa tudo por Terra.
O Poeta é um fingidor, o Amante não o deveria ser.
Devíamos ter um radar do Amor, para não cair, para não acreditar, para não sonhar, para não ter de voltar...sem saber onde acreditar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Quero um destes...

Receita para dias tristes



Pensa:
O que tornou o teu dia especial?
O que fez valer o dia?
O que dirias?

Cada dia traz, de certeza, alguma coisa especial, basta pensar...

Um abraço, uma palavra amiga, um sms, um e-mail, a palavra de um desconhecido,

um encontro inesperado, uma prenda, uma frase escrita no espelho, um bilhete deixado na almofada, um beijo, um olhar, um passeio à beira mar, acordar, correr e sentir a brisa na face...tanta coisa...

Nos últimos dias, 2 momentos que não esquecerei:
As palavras de um mendigo e o sorriso e simpatia da sra. da gasolineira onde parei esta manhã.

Ao Mendigo / Arrumador do Bairro Alto, que com ar doce e intenso, disse (sem pedir qualquer esmola): "Esta
rapariga é um Amor de pessoa, pena estar sempre zangada"


E ao atendimento brilhante da Senhora da Repsol que hoje às 8.00h, num sorriso aberto e sincero fazia de coração "o frete" de fazer um pagamento Manual com o meu cartão desmagnetizado.


Em ambos os casos senti o coração cheio, e em segundos apagaram a tristeza e "desapertaram" a tristeza da noite ou do dia, num sorriso.


Quando estamos tristes, devíamos perceber o quanto pequenas coisas de todos os dias nos podem encher o coração.


Obrigada aos meus ilustres desconhecidos!

Tatuagens


Há tatuagens de pele e de alma.
Tatuagens que ficam, umas que se vêem outras, nem por isso...
Giro o anel, não é? Igual ao meu...

terça-feira, 23 de junho de 2009

In the End

Open please...

Ir...



Este final de tarde partiria...
Quando o sol estivesse quase a desaparecer, apenas uma mochila com coisas simples: máquina fotográfica, um bloco e um lápis (para os desenhos "dos meus momentos"), ténis, havaianas, as t-shirts favoritas, umas calças de ganga, um casaco e uma garrafa de água. Escova de dentes, fato de banho, uma toalha e o essencial para a higiene dos dias.
No bolso um bilhete da CP, com destino ao S. João, há mais de 3 ou 4 anos que ando para ir...
Chegar em direcção à Ribeira, beber e comer as tradicionais sardinhas e guardar a imagem do Douro em estrelinhas brilhantes.
Ficar no Pestana, ali mesmo à beirinha e no dia seguinte...voltar a partir.
Um percurso rápido até ao Gerês e entre o verde e as massagens, para mais tarde seguir para a Grécia. Avião, barco, e chegar ao azul...
À chegada, numa das ilhas a seleccionar, uma casinha caiada de branco com riscas azuis, um vinho e uma salada grega. Uma rede em cores fortes que me adormecem ao luar, em balanços
cadentes...
Depois, entre beijos, um banho a amanhecer, outro a anoitecer, ali no terraço ctg.

domingo, 31 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

7 anos

25 de Maio 2002.
Faz hoje 7 anos.
7 anos de memória de sofrimento, de dor e de saudade.
Na pele e na alma, cicatrizes que sei e sinto que nunca mais vão passar,
que me mudaram por dentro e por fora...
Saudades da tranquilidade, da paz, da família, da felicidade da "minha família".
Saudades...dos risos, dos abraços, das brincadeiras, das viagens de férias ou dos almoços.
Saudades do que fui e do que fomos.
Saudades...de ti Pai!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Apetece-me

fazer:

1. Curso de Verão de Cozinha em Itália ou Inglaterra
2. Curso de feng-shui aplicado à Arquitectura
3. Curso de Fotografia

domingo, 10 de maio de 2009

Decepção

"Porque nos decepcionamos com uma pessoa, com um acontecimento, com uma situação, com a vida?A decepção é um sentimento tão frustrante, talvez seja das sensações que mais me entristece, me deita abaixo, me impede de continuar, me bloqueia.
Será que criamos expectativas altas demais?
Ou será que as expectativas eram normais, próprias e adequadas, mas a decepção teimosamente nos bate à porta?
Será um problema de ansiedade, de querermos que tanto se realize, que tanto aconteça?
Será que somos exigentes demais, e exigimos dos outros, coisas que nem nós próprios sabemos fazer?
Será que uns são mais atreitos a decepções que outros?
Será que uns, nem percebem a decepção não lhe dando a importância que outros lhe dão?
Será que as decepções só acontecem aos emotivos?
Aos frágeis?
Aos corajosos?
Aos exagerados?
Aos idiotas?
E acordar depois de uma decepção?
Acordar para a Vida, acordar para o Dia, pôr os pés fora da cama, levantar o corpo, calçar qualquer coisa para começar a pisar o chão, a terra, olharmo-nos no espelho, olhar uns olhos decepcionado...
E depois, muitas vezes voltar ao mesmo sítio, ao mesmo local, ver a mesma pessoa, ter de falar com essa pessoa, voltar e reencontrar o mesmo ambiente, o mesmo cenário…Reagir…. Como se faz para Re Agir?
Reagir é voltar a agir!
Para voltar a agir, é preciso ter vontade de agir.
E o mundo que nos rodeia, exigente, que não tolera a insatisfação, não tolera tristezas, que como uma criança mimada, quer-nos Lindos, Contentes, Sorrizinhos, Arranjados, Elegantes, Perfeitos, e todos nos pedem, “Vá reage, faz qualquer coisa, tens de melhorar! Lá estás tu com o teu pessimismo! …”. E para culminar, lá dizem a frase: “Não percebo, porque ficas assim, não é caso para isso!
E nós, envolvidos num manto negro de tristeza, de amargos na boca, de nós no estômago, de dedos das mãos frios, de joelhos ligeiramente a quebrar, ficamos perplexos a olhar para aquela gente que nos diz “Que não é nada!”.
Não é nada???! Mas não percebem, que para nós É TUDO!
Que houve uma derrocada de terras, por cima da nossa boca, que houve uma inundação de líquidos salgados, que nos deixou molhados de suores frios, que o nosso coração saltou, mexeu-se, como se de um sismo se tratasse e nos deixou com taquicardia, que houve um corte a meio dos nossos pulmões, e os pôs a trabalhar em limites mínimos, que sentimos o sangue a parar nas veias e que fomos invadidos por um vento frio e quente, que levantou todas as areias no ar que nos sufocam e nos cegam?
Pois, não vêem isto? Faltam as lágrimas? Ah, as lágrimas, as piegas lágrimas, que comovem os outros…Mas olhem, os decepcionados não choram por fora, choram por dentro! Choram, choram, choram, até ficar secos, como um solo africano, seco, ressequido, morto…
Deixem-nos enterrar uma decepção, como se de um corpo morto se tratasse, deixem-nos enviuvar, chorar aquilo que nunca acontecerá, que nunca iremos possuir, deixem-nos cair no chão (não nos levantem, por favor!), de pernas e braços abertos deixem-nos gritar, gritar muito para que saiam os espíritos malogros que nos envenenam, deixem-nos enlouquecer, perder o juízo, falar sozinhos, deixem-nos sair para a rua de robe e chinelos como um velho senil, deixem-nos estar sós, desgrenhados e sem comer, deixem-nos fugir (não vão à nossa procura, por favor!) e se quisermos deixem-nos morrer.
MAS HAVEMOS DE SOBREVIVER!

in http://facesdaalma.blogspot.com/2009/01/decepo.html